Comecei em Canarana, passei por Tanguro, Ayha, Posto Leonardo, Waura, Yawalapiti, Tuiararé, Diauarum, Itai, Sobradinho, Três Patos, Ilha Grande, Guarujá, Moitará, Capivara, Iguaçu, Maracá, Mupada. Testei aproximadamente umas quatrocentas e cinqüenta pessoas para encontrar quem viveria os personagens do nosso filme.
Morei nas casas dos índios, comi coisas que nunca imaginei comer um dia, de mingau de Pequi a lingüiça de Anta.
Principalmente encontrei o que eu procurava, os atores, através de um teste, um jogo que eles entenderam muito bem e jogaram melhor ainda.
O jogo consiste em fazer com que cada candidato conte uma história que aconteceu com ele para uma mochila com um chapéu em cima.
O placar neste jogo aumenta a partir de três curtas e simples regras: 1- acreditar que a bolsa com o chapéu é um amigo ou amiga, 2- ignorar a presença de todos que estiverem ali presentes e se relacionar apenas com o amigo (mochila com chapéu), 3- usar as mãos e aproveitar os gestos que são genuínos e só deles.
Jogo estabelecido e placares abertos, conseguimos ter a grande alegria de encontrar não só atores incríveis, inteligentes e verdadeiros, como principalmente fazer grandes e bons amigos.
Agora estamos no momento em que trazemos do Xingu para o Tocantins nossos atores. Eles ensaiam e em breve filmam.
Tudo vai bem. Estamos todos, brancos e índios, felizes.
Chico Accioly, Produtor de Elenco Indigena de Xingu.
Os atores e o Xingu from Xingu O Filme on Vimeo.
Um comentário:
Gostaria de saber se procede a informação que será filmado uma parte do filme no municipio de Santa Tereza do Tocantins?
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